quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

de Drumond, uma lição.

...
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

desmistificar

por favor, um pensamento, livre de mediocres vigilantes e doutores complicantes que a vida é breve e se não for tarde!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A atriz Michelle Williams disse numa rara entrevista falando sobre Heath Ledger

"Quando você realmente perdeu tudo, pelo menos você se tornou rico em perdas."

domingo, 19 de dezembro de 2010

Nem poesia, só olhos e peito.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

de Mário Quintana

Não me reduzo a simples definições , mudo constantemente mas sem perder a essência que sustenta o edifício da minha vida! ""... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alberto Caeiro, como diria Fernando Pessoa, é o meu mestre.

Pouco me importa.
Pouco me importa, o quê? Não sei: pouco me importa.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O MISTÉRIO DAS COUSAS (do “Guardador de Rebanhos” – Alberto Caeiro)

O mistério das cousas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.

Porque o único sentido oculto das cousas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: —
As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.

domingo, 27 de junho de 2010

O Guardador de Rebanhos", de Alberto Caeiro.

"(...) O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas. Olhando para a direita e para a esquerda. E de vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento é aquilo que nunca antes eu tinha visto. E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial que tem uma criança se, ao nascer, reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do Mundo... Creio no mundo como num malmequer, porque o vejo. Mas não penso nele. Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele. (Pensar é estar doente dos olhos). Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, mas porque a amo, e amo-a por isso, porque quem ama nunca sabe o que ama nem sabe por que ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, e a única inocência é não pensar... (...)"

quinta-feira, 20 de maio de 2010

graças a Deus, ainda me assusto!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Michel de Montaigne

"Uma cabeça bem-feita vale mais que uma cabeça cheia"

Alexander S. Neill (educador libertário)

"Gostaria antes de ver a escola produzir um varredor de ruas feliz do que um erudito neurótico"

Idéia de Jean Piaget

"Se o indvíduo é passivo intelectualmente, não conseguirá ser livre moralmente"

quarta-feira, 10 de março de 2010

orkut's comedy, 11/03/2010

Sorte de hoje: O mundo é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que pensam

quarta-feira, 3 de março de 2010

Tiago

"Não se acostume com o que não te faz feliz"

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tagore

Compreendemos mal o mundo e depois dizemos que ele nos decepciona.

de Paulo Leminki

Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

de Paulo Leminki

certezas o vento leva
só dúvidas ficam de pé

JÁ ME MATEI... de Paulo Leminki

já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre
nunca mesmo o sempre passo

morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma

morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma

de Gibran Khalil Gibran

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"

domingo, 31 de janeiro de 2010

de Signund Freud

"Seja qual for o caminho que eu escolher, um poeta já passou por ele antes de mim."

domingo, 24 de janeiro de 2010

por David Mourão Ferreira

É quando estás de joelhos
que és toda bicho da Terra
toda fulgente de pêlos
toda brotada de trevas
toda pesada nos beiços
de um barro que nunca seca
nem no cântico dos seios
nem no soluço das pernas
toda raízes nos dedos
nas unhas toda silvestre
nos olhos toda nascente
no ventre toda floresta
em tudo toda segredos
e de joelhos me entregas
sempre que estás de joelhos
todos os frutos da Terra.

Quando meu coração fala - http://confissoesdequatro.blogspot.com/2010/01/quando-meu-coracao-fala.html

Confessado por Vida de Fênix


Quando meu coração fala, o meu corpo simplesmente o obedece sem qualquer contestação...


Pois quando ele fala é por que não aguenta mais me ver agir como uma tonta racional, que acredita ser possível não sofrer e não fazer ninguém sofrer... sua tola ele grita...saiba que viver é sofrer... é sentir prazer... é chorar e é sorrir...


Quando meu coração fala, minha mente se enfurece, por ser tão pequena...


Quando meu coração fala, minha alma sorri e agradece a possibilidade de partilhar sentimentos e colocar em prática o amor... sem interferências da razão e da culpa...


Quando meu coração fala, meu corpo se alegra e se satisfáz ao saciar-se na sua pele e saborear seu gosto proporciondo-lhe prazer...


Quando meu coração fala... meu corpo age e eu me calo...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

William Shakespeare

O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar.

William Shakespeare

Os miseráveis não têm outro Remédio a não ser a esperança.

William Shakespeare

A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial

William Blake

É mais fácil perdoar nossos inimigos que nossos amigos.

William Blake

O caminho do desmedido conduz ao palácio da sabedoria.

A palavra por Paulo Coelho

A palavra é a intenção final de qualquer pessoa que deseja dividir algo com o seu semelhante.

William Blake dizia: tudo que escrevemos é fruto da memória ou do desconhecido. Se eu tiver uma sugestão a dar, respeite o desconhecido, e busque nele sua fonte de inspiração.

As histórias e os fatos permanecem os mesmos, mas quando você abre uma porta no seu inconsciente, e deixa-se guiar pela inspiração, verá que a maneira de descrever o que viveu ou sonhou é sempre muito mais rica quando o seu inconsciente está guiando a caneta.

Cada palavra deixa em seu coração uma lembrança – e é a soma destas lembranças que formam as frases, os parágrafos, os livros.

Palavras são flexíveis como a ponta da pena de sua caneta, e entendem os sinais do caminho. Frases não hesitam em mudar de curso quando descobrem, quando vislumbram uma oportunidade melhor.

Palavras têm qualidade da água: contornar rochas adaptar-se ao leito do rio, às vezes transformar-se em lago até que a depressão esteja cheia e possa continuar seu caminho.

Porque a palavra, quando escrita com sentimento e alma, não esquece que seu destino é o oceano de um texto, e mais cedo ou mais tarde deverá chegar até ele.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Três golpes precisos, por Paulo Coelho

- Como posso saber a melhor maneira de agir na vida? – perguntou o discípulo ao mestre.

O mestre pediu que construísse uma mesa.

O discípulo cravava os pregos com três golpes precisos. Um prego, porém, estava mais difícil e o discípulo precisou dar mais um golpe. O quarto golpe enterrou o prego fundo demais, e a madeira foi atingida.

-Sua mão estava acostumada com três marteladas – disse o mestre.

– Você se acostumou com o que fazia e perdeu a habilidade.

“Quando qualquer ação passa a ser apenas um hábito, ela deixa de ter sentido, e pode terminar causando dano. Cada ação é uma ação, e só existe um segredo: jamais deixe que o hábito comande seus movimentos”.

Amargura, por Paulo Coelho

Para os amargos, os heróis e os loucos sempre foram fascinantes: eles não têm medo de viver ou morrer. Tanto os heróis como os loucos são indiferentes diante do perigo, e seguem adiante.

O louco se suicida, o herói se oferece ao martírio em nome de uma causa – mas ambos morrem, e os amargos passam muitas noites e dias comentando o absurdo e a glória dos dois tipos.

É o único momento em que o amargo tem força para galgar sua muralha de defesa e olhar um pouquinho para fora; mas logo as mãos e os pés cansam, e ele volta para a vida diária.

O amargo crônico só nota a sua doença uma vez por semana: nas tardes de domingo. Ali, como não tem o trabalho ou a rotina para aliviar os sintomas, percebe que alguma coisa está muito errada – já que a paz destas tardes é infernal, o tempo não passa nunca, e uma constante irritação manifesta-se livremente.

Mas a segunda-feira chega, e o amargo logo esquece os seus sintomas – embora externamente blasfemando contra o fato de que nunca tem tempo para descansar, e os fins de semana passam muito rápido.

A única grande vantagem da doença, do ponto de vista social, é que já se transformara numa regra. Os amargos não constituem uma ameaça à sociedade, já que – por causa das altas muralhas construídas ao redor de si mesmos – estão totalmente isolados do mundo, embora pareçam partilhar dele.