quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Profª Ellen Assef
"(...) Tornar-se um psicólogo é ultrapassar os limites da absorção do outro, da mera
satisfação, da reprodução das práticas, do assistencialismo, da benevolência caritativa,
da solidão e do medo. É respeitar o velho conhecimento, incorporando-o dentro das
novas realidades que se apresentam, sem deixar de questioná-lo, compatilhando-o de
forma crítica, responsabilizando pela produção de novos saberes ou, ao menos,
acompanhando as mudanças oriundas do seu processo de reciclagem. É render-se a
condição de um eterno aprendiz, sem perder os alicerces de sua formação. É entender
que a ajuda está além da oferta de apoio, entendimento e orientação. É abandonar
uma postura maternal e seguir os passos de um professor, um educador que ensina
como caminhar sozinho e tem a consciência de que as mesmas leis que regem o
funcionamento psiquíco do outro são as mesmas pra si mesmo. E que, portanto, ser
psicólogo é também assumir a condição de paciente, em todo momento em que essa
necessidade estiver presente. (...)É deixar o medo de se perder nos múltiplos papéis sociais e encarar cada uma
das representações no devido tempo e, definitivamente, encarar que suas escolhas,
crenças, desejos e outras aspirações devem ser contidos no momento em que exerce
a função do psicólogo. É considerar o mistério da existência, mas deixando que as
instâncias competentes decifrem seus enigmas. É reconhecer a sabedoria da tradição,
escutando e se apoiando nas areás de conhecimento afins para construção do
entendimento e atuação psicológica. É, acima de tudo, responsabilizar-se pelo papel
que escolheu em atuar na sociedade de forma ética, digna e científica." (...)
satisfação, da reprodução das práticas, do assistencialismo, da benevolência caritativa,
da solidão e do medo. É respeitar o velho conhecimento, incorporando-o dentro das
novas realidades que se apresentam, sem deixar de questioná-lo, compatilhando-o de
forma crítica, responsabilizando pela produção de novos saberes ou, ao menos,
acompanhando as mudanças oriundas do seu processo de reciclagem. É render-se a
condição de um eterno aprendiz, sem perder os alicerces de sua formação. É entender
que a ajuda está além da oferta de apoio, entendimento e orientação. É abandonar
uma postura maternal e seguir os passos de um professor, um educador que ensina
como caminhar sozinho e tem a consciência de que as mesmas leis que regem o
funcionamento psiquíco do outro são as mesmas pra si mesmo. E que, portanto, ser
psicólogo é também assumir a condição de paciente, em todo momento em que essa
necessidade estiver presente. (...)É deixar o medo de se perder nos múltiplos papéis sociais e encarar cada uma
das representações no devido tempo e, definitivamente, encarar que suas escolhas,
crenças, desejos e outras aspirações devem ser contidos no momento em que exerce
a função do psicólogo. É considerar o mistério da existência, mas deixando que as
instâncias competentes decifrem seus enigmas. É reconhecer a sabedoria da tradição,
escutando e se apoiando nas areás de conhecimento afins para construção do
entendimento e atuação psicológica. É, acima de tudo, responsabilizar-se pelo papel
que escolheu em atuar na sociedade de forma ética, digna e científica." (...)
de Edgar Allan Poe
Nenhum homem que tenha vivido conhece mais sobre a vida depois da morte que eu ou você. Toda religião simplesmente desenvolveu-se com base no medo, ganância, imaginação e poesia.
Da crônica intitulada: As Coisas Essenciais - de Rubem Alves, do livro: O Retorno e Terno)
"O essencial é aquilo que, se nos fosse roubado, morreríamos. O que não pode ser esquecido. Substância do nosso corpo e da nossa alma... Os poetas são aqueles que, em meio a dez mil coisas que nos distraem, são capazes de ver o essencial e chamá-lo pelo nome. Quando isto acontece, o coração sorri e se sente em paz..."
sábado, 31 de outubro de 2009
será piada? de Benjamin Franklin
"Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia."
de George Bernard Shawidade
"De todos os homens que conheço o mais sensato é o meu alfaiate.
Cada vez que vou a ele, toma novamente as minhas medidas. Quanto aos outros, tomam a medida apenas uma vez e pensam que seu julgamento é sempre do meu tamanho"
Cada vez que vou a ele, toma novamente as minhas medidas. Quanto aos outros, tomam a medida apenas uma vez e pensam que seu julgamento é sempre do meu tamanho"
de Martha Medeiros, que não conhecia
"Não tenho nada a ver com explosões”, diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim. Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.
Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo — ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidade: solta demais me perco, não vôo senão em sonhos.
Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito uma fugitiva dos contos de fada, a saia rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguida. Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem. Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.
Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.
Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve, não tomo emprestado nem me empresto. Se é caso sério eu me dôo, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.
Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme sueco, uma comédia britânica, um erro de adaptação, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festiva, sou apenas fácil.
Não tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitências, são raros os padres com firmeza no tom, é sempre uma fragilidade oral, um pedido de desculpas em nome de todos, frases que só parecem ter vogais, nosso sentimento de culpa recolhido como um dízimo. Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei.
Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV e igrejas. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Minto, tenho tudo a ver com explosões."
Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo — ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidade: solta demais me perco, não vôo senão em sonhos.
Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito uma fugitiva dos contos de fada, a saia rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguida. Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem. Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.
Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.
Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve, não tomo emprestado nem me empresto. Se é caso sério eu me dôo, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.
Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme sueco, uma comédia britânica, um erro de adaptação, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festiva, sou apenas fácil.
Não tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitências, são raros os padres com firmeza no tom, é sempre uma fragilidade oral, um pedido de desculpas em nome de todos, frases que só parecem ter vogais, nosso sentimento de culpa recolhido como um dízimo. Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei.
Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV e igrejas. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Minto, tenho tudo a ver com explosões."
esse Osho...
"Você já existia antes de nascer e continuará a existir depois do que chamam morte. Por isso, não fique recolhendo migalhas. Crie as
riquezas que valem a pena até a eternidade."
riquezas que valem a pena até a eternidade."
qualquer comentário é restringir, de Clarice Lispector
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
terça-feira, 1 de setembro de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Parcimônia
Não, não se deve declarar amor assim a todo o momento.
Cerimônia, formalidade, todos nós sabemos, essas coisas retiram a naturalidade dos momentos, das pessoas, não entendo algumas etiquetas, talvez sirvam para ditar certa distância necessária visando algum tipo de segurança, talvez!
Agora todo ser humano tem direito à incoerência, certo? Pois bem, cerimônia só com a palavra "amor", "eu ti amo", "amo a vida", isso é espantar, como uma mãe dizendo no finalzinho do filme "matrix": que lindo, ele conseguiu, convenhamos, isso broxa, por isso, nesses momentos de devaneio, reflexão, censuro o amor.
Tenho direitos, prego o regime do amor, quanto menos declararmos nosso amor, pela vida, pelo amor, pela profissão, pela natureza, pela poesia, pela literatura, melhor, não banalizamos nem desgastamos o sentimento, não exageramos no açúcar, ganhamos em naturalidade, nem ficamos truncando o dia a dia a toda hora, não dá pra ficar indiferente a estas palavras, certo?
Já dizer, não aguento mais esse... essa... , odeio, que raiva, isso pode, afinal, tanta parcimônia e ainda pedem coerência, eu heim!
Cerimônia, formalidade, todos nós sabemos, essas coisas retiram a naturalidade dos momentos, das pessoas, não entendo algumas etiquetas, talvez sirvam para ditar certa distância necessária visando algum tipo de segurança, talvez!
Agora todo ser humano tem direito à incoerência, certo? Pois bem, cerimônia só com a palavra "amor", "eu ti amo", "amo a vida", isso é espantar, como uma mãe dizendo no finalzinho do filme "matrix": que lindo, ele conseguiu, convenhamos, isso broxa, por isso, nesses momentos de devaneio, reflexão, censuro o amor.
Tenho direitos, prego o regime do amor, quanto menos declararmos nosso amor, pela vida, pelo amor, pela profissão, pela natureza, pela poesia, pela literatura, melhor, não banalizamos nem desgastamos o sentimento, não exageramos no açúcar, ganhamos em naturalidade, nem ficamos truncando o dia a dia a toda hora, não dá pra ficar indiferente a estas palavras, certo?
Já dizer, não aguento mais esse... essa... , odeio, que raiva, isso pode, afinal, tanta parcimônia e ainda pedem coerência, eu heim!
terça-feira, 11 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
como sou
Me ame como sou, com todos os meus defeitos, veja bem, é onde estão minhas maiores qualidades.
estas palavras
Que coisa, amo muitas coisas, mas há muito não falo “eu ti amo”, que cerimônia cerca estas palavras, talvez eu morra sem dizê-las e apesar dos dias quentes, da aventura, de toda filosofia, morreremos.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
no lanche
Conversei com meu filho a respeito da minha nova atividade, um misto de produtor gráfico, consultor de imagem, fotografia e publicidade, um faz tudo ou nada, depende do ponto de vista e o mais incrível, o início da faculdade de psicologia, talvez um psicólogo explique e tudo ao mesmo tempo.
Claro, dá para perceber que especialidade e objetividade não são especialidades minhas, com meio século de vida, juizo nada, mais uma contra mão.
Falamos de como devia ser passar a vida analisando, depender da profissão desde jovem, desatando nós de terceiros, o meu caso era diferente, não dependeria tanto financeiramente da profissão, já havia visitado o inferno algumas vezes, o que ajuda muito, diga-se de passagem, na profissão, certo?
De repente, antes que o lanche ou algum complexo de culpa chegasse, um inesperado sentimento de paz me disse que tudo estava certo, a falta de juízo, todas inutilidades, tantos erros, os acertos, tudo acontecia no tempo devido, num ritmo humano, de um rio em movimento, como devia ser, todos os erros estavam certos como eu nunca poderia imaginar e rimos, rimos muito, de soluçar de felicidade pelo susto, pelo inusitado.
Já em casa, percebi que alguns dias parecem o primeiro do resto de nossas vidas, que coisa, que peça, deliciosa insensatez.
Claro, dá para perceber que especialidade e objetividade não são especialidades minhas, com meio século de vida, juizo nada, mais uma contra mão.
Falamos de como devia ser passar a vida analisando, depender da profissão desde jovem, desatando nós de terceiros, o meu caso era diferente, não dependeria tanto financeiramente da profissão, já havia visitado o inferno algumas vezes, o que ajuda muito, diga-se de passagem, na profissão, certo?
De repente, antes que o lanche ou algum complexo de culpa chegasse, um inesperado sentimento de paz me disse que tudo estava certo, a falta de juízo, todas inutilidades, tantos erros, os acertos, tudo acontecia no tempo devido, num ritmo humano, de um rio em movimento, como devia ser, todos os erros estavam certos como eu nunca poderia imaginar e rimos, rimos muito, de soluçar de felicidade pelo susto, pelo inusitado.
Já em casa, percebi que alguns dias parecem o primeiro do resto de nossas vidas, que coisa, que peça, deliciosa insensatez.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
de Clarice Lispector
"Renda-se,
como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender,
viver ultrapassa qualquer entendimento."
como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender,
viver ultrapassa qualquer entendimento."
de Rubem Alves
Eu sou muito religioso.
Por isso trato cuidadosamente de evitar igrejas e cerimônias religiosas: para que meus sentimentos religiosos não sejam perturbados.
Minhas experiências passadas com igrejas não têm sido boas.
Sempre que vou a igrejas ou participo de cerimônias religiosas minha alma fica irritada.
Os porta-vozes de Deus sempre falam demais.
Parecem gostar do som da sua voz.
Gostaria de uma igreja onde não houvesse sermões: só silêncio, música e poesia.
Por isso trato cuidadosamente de evitar igrejas e cerimônias religiosas: para que meus sentimentos religiosos não sejam perturbados.
Minhas experiências passadas com igrejas não têm sido boas.
Sempre que vou a igrejas ou participo de cerimônias religiosas minha alma fica irritada.
Os porta-vozes de Deus sempre falam demais.
Parecem gostar do som da sua voz.
Gostaria de uma igreja onde não houvesse sermões: só silêncio, música e poesia.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
irresponsáveis
Agem como se tudo e nada lhes pertencesse, irresponsáveis tenham dó de nós, responsáveis, responsáveis por tudo isso!
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
O que será?
O que será?
Existe diferença, terças, domingos, glória, culpa, amar, não ligar, o extra do ordinário?
Será cedo, tarde?
Delícias, se perder, se encontrar.
Existe diferença, terças, domingos, glória, culpa, amar, não ligar, o extra do ordinário?
Será cedo, tarde?
Delícias, se perder, se encontrar.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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