quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Parcimônia

Não, não se deve declarar amor assim a todo o momento.
Cerimônia, formalidade, todos nós sabemos, essas coisas retiram a naturalidade dos momentos, das pessoas, não entendo algumas etiquetas, talvez sirvam para ditar certa distância necessária visando algum tipo de segurança, talvez!
Agora todo ser humano tem direito à incoerência, certo? Pois bem, cerimônia só com a palavra "amor", "eu ti amo", "amo a vida", isso é espantar, como uma mãe dizendo no finalzinho do filme "matrix": que lindo, ele conseguiu, convenhamos, isso broxa, por isso, nesses momentos de devaneio, reflexão, censuro o amor.
Tenho direitos, prego o regime do amor, quanto menos declararmos nosso amor, pela vida, pelo amor, pela profissão, pela natureza, pela poesia, pela literatura, melhor, não banalizamos nem desgastamos o sentimento, não exageramos no açúcar, ganhamos em naturalidade, nem ficamos truncando o dia a dia a toda hora, não dá pra ficar indiferente a estas palavras, certo?
Já dizer, não aguento mais esse... essa... , odeio, que raiva, isso pode, afinal, tanta parcimônia e ainda pedem coerência, eu heim!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dá trabalho!

Dá trabalho, leva tempo, é preciso quase morrer, pra ficar jovem.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

como sou

Me ame como sou, com todos os meus defeitos, veja bem, é onde estão minhas maiores qualidades.

estas palavras

Que coisa, amo muitas coisas, mas há muito não falo “eu ti amo”, que cerimônia cerca estas palavras, talvez eu morra sem dizê-las e apesar dos dias quentes, da aventura, de toda filosofia, morreremos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

no lanche

Conversei com meu filho a respeito da minha nova atividade, um misto de produtor gráfico, consultor de imagem, fotografia e publicidade, um faz tudo ou nada, depende do ponto de vista e o mais incrível, o início da faculdade de psicologia, talvez um psicólogo explique e tudo ao mesmo tempo.

Claro, dá para perceber que especialidade e objetividade não são especialidades minhas, com meio século de vida, juizo nada, mais uma contra mão.

Falamos de como devia ser passar a vida analisando, depender da profissão desde jovem, desatando nós de terceiros, o meu caso era diferente, não dependeria tanto financeiramente da profissão, já havia visitado o inferno algumas vezes, o que ajuda muito, diga-se de passagem, na profissão, certo?

De repente, antes que o lanche ou algum complexo de culpa chegasse, um inesperado sentimento de paz me disse que tudo estava certo, a falta de juízo, todas inutilidades, tantos erros, os acertos, tudo acontecia no tempo devido, num ritmo humano, de um rio em movimento, como devia ser, todos os erros estavam certos como eu nunca poderia imaginar e rimos, rimos muito, de soluçar de felicidade pelo susto, pelo inusitado.

Já em casa, percebi que alguns dias parecem o primeiro do resto de nossas vidas, que coisa, que peça, deliciosa insensatez.