sábado, 29 de novembro de 2008

dodginho polara

Era num dodge polara já velho naquela época, dormir nem pensar, fingia no banco de trás, ela também, pena, sua prima estava ao lado, era madrugada e o baile na cidade vizinha havia sido legal, mas não deixava de ser uma aventura que eu não podia deixar transparecer, denunciaria meus 16 anos, pois insegurança eu não tinha, certeza!
Beatles, rock and roll, é certo que tocou, dançamos, bebemos cuba libre, não lembro! Claro que conversamos, sobre o que, também não lembro.
Lembro dela abaixar meu braço, não sei por que ele estava levantado, acima de nossas cabeças recostadas, encolhidas procurando um canto reservado no banco de trás do dodginho polara enquanto fingíamos dormir.
Minto, sei, quando sua língua me tocou e procurou, esqueci o braço na noite, a palavra da razão é que não sei.
Resolvi escrever, tentar entender porque, hoje, após tantos outros beijos, enquanto tanto se fala em erotismo, sexo, prazer, suor, tudo que me excita, me faz viajar, ter prazer, sempre passo no banco de trás do dodginho polara, num beijo de língua onde parece que não penso, sou pensado, levado estrada afora.

de Leminski e Alice, mãe de três de seus filhos

de Leminski:


não discuto
com o destino

o que pintar
eu assino

Um pouquinho de Alice Ruiz:

lembra o tempo
que você sentia
e sentir
era a forma mais sábia
de saber
e você nem sabia?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

sagrado

tudo que é libertador, é sagrado, como "pecados", como Cristo, não como pastores maníacos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Aceito verdades, já certezas, nem pensar!

sentido

Sempre procurei, não encontrei sentido, explicação, hoje com meio século de vida, encontrei prazer e o mais importante, diversão.
Quanto ao preço, melhor não comentar!

Verdade ou Liberdade? Gargalhada!

Verdade ou Liberdade? Como diz Nietzsche pra arejar e libertar: não há verdade que a gente veja que não seja recebida por uma gargalhada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

palhaçada

Li n'um destes dias, não lembro onde, um texto interessante, indissolúvel, não larga, não sai da mente, um adolescente vestibulando resolve não prestar, mas fazer "curso de palhaço", a dificuldade encontrada pela família em responder quando parentes, amigos, e o que é pior, quando não tão amigos perguntam: o que seu filho está fazendo? persegue-me.

Que situação, o português encurta, as palavras somem, com certeza a naturalidade já vai longe, “satisfação” cabe? "Diversão" talvez? Como explicar esse constrangimento enfim, de ambas as partes? Com que palavras? Como dizer aos amigos e amigas da associação, do departamento?

Enfim, no sinaleiro, na padaria, no banco, é impossível evitar esse sorriso, essa imaginação, esse filme na cabeça.

Penso em liberdade, no palhaço, ele ignora, não conhece o assunto "liberdade", não precisa, isso é coisa de não palhaços como eu e não falei de vocês.

Imagino, eles só perdem o sono por motivos realmente sérios, do presente, não como eu, ainda não falei de vocês, que perco por cada motivo, pensamento de amigos, futuro, cada coisa sem graça, inventada, palhaçada, sério!

Agora sim, e vocês? Tão rindo de que? Ou melhor, de quem?






AAATCHINNNNNTERAPIA

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Deveria ser o óbvio, mas...

Torna-te quem és!!!

de Friedrich NIETZSCHE