terça-feira, 30 de dezembro de 2008

de Krishnamurti

" Quando a mente já não busca segurança, de espécie alguma, que necessidade tem de símbolos para funcionar? Ela se acha na presença do fato, e não de uma idéia a respeito do fato, idéia que se torna um símbolo"

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

intelectualizado

Sou intelectualizado, fotógrafo publicitário, tenho dois filhos “demais” e claro que os utilizo nas campanhas publicitárias, quer ver?

sábado, 20 de dezembro de 2008

de Luis Fernando Verissimo

É "de esquerda" ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado.

de Ferreira Gullar

"A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz".

sábado, 29 de novembro de 2008

dodginho polara

Era num dodge polara já velho naquela época, dormir nem pensar, fingia no banco de trás, ela também, pena, sua prima estava ao lado, era madrugada e o baile na cidade vizinha havia sido legal, mas não deixava de ser uma aventura que eu não podia deixar transparecer, denunciaria meus 16 anos, pois insegurança eu não tinha, certeza!
Beatles, rock and roll, é certo que tocou, dançamos, bebemos cuba libre, não lembro! Claro que conversamos, sobre o que, também não lembro.
Lembro dela abaixar meu braço, não sei por que ele estava levantado, acima de nossas cabeças recostadas, encolhidas procurando um canto reservado no banco de trás do dodginho polara enquanto fingíamos dormir.
Minto, sei, quando sua língua me tocou e procurou, esqueci o braço na noite, a palavra da razão é que não sei.
Resolvi escrever, tentar entender porque, hoje, após tantos outros beijos, enquanto tanto se fala em erotismo, sexo, prazer, suor, tudo que me excita, me faz viajar, ter prazer, sempre passo no banco de trás do dodginho polara, num beijo de língua onde parece que não penso, sou pensado, levado estrada afora.

de Leminski e Alice, mãe de três de seus filhos

de Leminski:


não discuto
com o destino

o que pintar
eu assino

Um pouquinho de Alice Ruiz:

lembra o tempo
que você sentia
e sentir
era a forma mais sábia
de saber
e você nem sabia?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

sagrado

tudo que é libertador, é sagrado, como "pecados", como Cristo, não como pastores maníacos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Aceito verdades, já certezas, nem pensar!

sentido

Sempre procurei, não encontrei sentido, explicação, hoje com meio século de vida, encontrei prazer e o mais importante, diversão.
Quanto ao preço, melhor não comentar!

Verdade ou Liberdade? Gargalhada!

Verdade ou Liberdade? Como diz Nietzsche pra arejar e libertar: não há verdade que a gente veja que não seja recebida por uma gargalhada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

palhaçada

Li n'um destes dias, não lembro onde, um texto interessante, indissolúvel, não larga, não sai da mente, um adolescente vestibulando resolve não prestar, mas fazer "curso de palhaço", a dificuldade encontrada pela família em responder quando parentes, amigos, e o que é pior, quando não tão amigos perguntam: o que seu filho está fazendo? persegue-me.

Que situação, o português encurta, as palavras somem, com certeza a naturalidade já vai longe, “satisfação” cabe? "Diversão" talvez? Como explicar esse constrangimento enfim, de ambas as partes? Com que palavras? Como dizer aos amigos e amigas da associação, do departamento?

Enfim, no sinaleiro, na padaria, no banco, é impossível evitar esse sorriso, essa imaginação, esse filme na cabeça.

Penso em liberdade, no palhaço, ele ignora, não conhece o assunto "liberdade", não precisa, isso é coisa de não palhaços como eu e não falei de vocês.

Imagino, eles só perdem o sono por motivos realmente sérios, do presente, não como eu, ainda não falei de vocês, que perco por cada motivo, pensamento de amigos, futuro, cada coisa sem graça, inventada, palhaçada, sério!

Agora sim, e vocês? Tão rindo de que? Ou melhor, de quem?






AAATCHINNNNNTERAPIA

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Deveria ser o óbvio, mas...

Torna-te quem és!!!

de Friedrich NIETZSCHE

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

segurança...

Segurança?... só com dúvidas!

domingo, 5 de outubro de 2008

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

um orgulho

Meus filhos me conhecem ou não me conhecem tanto quanto eu.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

de Margaret Atwood - O Comedor de Pecados

"Que é que eu vou fazer?, é uma pergunta. Pode sempre ser substituída por Que é que eu vou vestir? Para algumas pessoas é a mesma coisa"

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Nunca, mas nunca, por mais que a erudição erudite, se aproximara do inexplicável homem como a imprevisível e indomável ARTE.

domingo, 14 de setembro de 2008

Existe?

Às vezes, fatos são desencadeados de tal forma que não há como não suspeitar da existência de Deus, confesso minha descrença, sempre deixei aberta essa questão, caso descesse e falasse: "eu existo", não duvidaria.

Voltando aos fatos, há algum tempo já desistira do assunto "existência", passei a viver este mistério com liberdade e na medida do possível, sem julgamentos, crendo no julgamento e humor de um pai, caso contrário meu amigo, nunca é tarde pra sentir o cháo, sujar as mãos, esquecer e se surpreender.

sábado, 13 de setembro de 2008

Linda

"Isto é a coisa mais linda que eu já li"
estou sempre dizendo isto
e nunca minto.

O que muda é algo da palavra,
"linda" já foi uma
e outras infinitas.

assim vamos até a próxima busca
de novo do que não parece ter outra explicação
de dentro de dentro de mundos das palavras
um pontinho no infinito de uma palavra: “linda”.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ópios

Nada tenho contra os ópios a não ser os travestidos de verdade.

Samba.... rsr

Adoro música, mas samba.... samba seja lá do que fale, é a filosofia de como encara a vida, gingando e rindo da erudição, quer melhor que isso?

Liberdade!

Voce já foi cruel, agora não me faça rir SUSSESSO!

No caminho

No caminho olho a pedra, pego terra, passo o dedo, derramo, me levanto, olho um, dois pássaros, um cachorro, caminho, um vento, a noite, estrelas... depois a noite e o sono.

A felicidade é tal qual o horizonte e eu achando q fôsse ilusão,
mais uma coisa,
seja para o que fôr q sentido tem se ausentar?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

de Adélia Prado

EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR


Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessou minha vida,
virou só sentimento.

sábado, 12 de abril de 2008

Fernando Pessoa em "O Eu Profundo".

PREDOMÍNIO DO SENTIDO INTERIOR


Era eu um poeta estimulado pela filosofia e não um filósofo com faculdades poéticas. Gostava de admirar a beleza das coisas, descobrir no imperceptível, através do diminuto, a alma poética do universo.
A poesia da terra nunca morre. Podemos dizer que as eras passadas foram mais poéticas, mas não podemos dizer (...)

A poesia encontra-se em todas as coisas - na terra e no mar, no lago e na margem do rio. Encontra-se também na cidade - não o neguemos - é evidente para mim, aqui, enquanto estou sentado, há poesia nesta mesa, neste papel, neste tinteiro; há poesia no barulho dos carros nas ruas, em cada movimento diminuto, comum, ridículo, de um operário, que do outro lado da rua está pintando a tabuleta de um açougue.

Meu senso íntimo predomina de tal maneira sobre meus cinco sentidos que vejo coisas nesta vida - acredito-o - de modo diferente de outros homens. Há para mim - havia - um tesouro de significado numa coisa tão ridícula como uma chave, um prego na parede, os bigodes de um gato. Há para mim uma plenitude de sugestão espiritual em uma galinha com seus pintinhos, atravessando a rua, com ar pomposo. Há para mim um significado mais profundo do que as lágrimas humanas no aroma do sândalo, nas velhas latas num monturo, numa caixa de fósforos caída na sarjeta, em dois papéis sujos que, num dia de ventania, rolarão e se perseguirão rua abaixo. É que a poesia é espanto, admiração, como de um ser tombado dos céus, a tomar plena consciência de sua queda, atônito diante das coisas. Como de alguém que conhecesse a alma das coisas, e lutasse para recordar esse conhecimento, lembrando-se de que não era assim que as conhecia, não sob aquelas formas e aquelas condições, mas de nada mais se recordando.

de Fernando Pessoa

Sentir é criar.
Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.

de Rainer Maria Rilke

Quem nos desviou assim, para que tivéssemos um ar de despedida em tudo que fazemos?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

de Hermann Hesse

Não existe nada tão mau, selvagem e cruel, na natureza, quanto os homens normais.

quinta-feira, 27 de março de 2008

de Olga Orozco

“Ser poeta é sentir-se incompleto,
limitado e prisioneiro neste eu
e nesta realidade tangível,
frente a um universo desconhecido
que nos excede.”


Olga Orozco
1920-1999
Poeta argentina

sexta-feira, 21 de março de 2008

chega!

Chega de saber, quero só fazer rodinhas na areia a procura nem sei do que, talvez de não querer...

quinta-feira, 13 de março de 2008

que?

onde?
que tesouro procuro?
não sei, só procuro.

qdo caminho no sentido do sonho,
é como o horizonte, ele tb se move.

que importa?
qdo caminho, este já é outro eu!

poder

Qdo sorri,
vejo um milhão de histórias leves, leves
e fecha os olho,
outro milhão de histórias,
agora emboladas as minhas voam
voam como pombas ao espanto
feliz esquecimento de tudo.

terça-feira, 11 de março de 2008

de João Cabral de Melo Neto

A MULHER E A CASA

Tua sedução é menos
de mulher do que de casa;
pois vem de como é por dentro
ou por detrás da fachada.

Mesmo quando ela possui
tua plácida elegância,
esse teu reboco claro,
riso franco de varandas,

uma casa não é nunca
só para ser contemplada;
melhor: somente por dentro
é possível contemplá-la.

Seduz pelo que é dentro,
ou será, quando se abra;
pelo que pode ser dentro
de suas paredes fechadas;

pelo que dentro fizeram
com seus vazios, com o nada;
pelos espaços de dentro,
não pelo que dentro guarda;

pelos espaços de dentro:
seus recintos, suas áreas,
organizando-se dentro
em corredores e salas,

os quais sugerindo ao homem
estâncias aconchegadas,
paredes bem revestidas
ou recessos bons de cavas,

exercem sobre esse homem
efeito igual ao que causas:
a vontade de corrê-la
por dentro, de visitá-la.

domingo, 9 de março de 2008

?

ausente, sempre ausente pra ver, estar presente, contudo essa gravidade minha quer a todo custo, voltar, se colocar enter nós, o q vejo e o filme q é, saciar sua fome, essa vontade animal de gozar.

sábado, 8 de março de 2008

vôo

amassei amassei a folha...
depois abri, estiquei
os pensamentos
mentiras
verdades
tudo voou
uma fuga
que desordem
que felicidade!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

dias

Sem saída
o fio
equilíbrio
aventura
emoção
ilusão...
só caminhar
brisa
saudade
compaixão
provas, só fotografias
do pó!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

eu não finjo, só assim encontro o novo, prazer num caminho próprio, não alheio.
com esta música tudo é meu amigo.

de Adélia Prado

Um trem de ferro é uma coisa mecânica
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessa minha vida,
virou só sentimento.
q mistério, qdo nos lemos nos outros, muito se encaixa, o mundo fica manso, é isso, mistério nos desvendando.
não o sigo, mas procuro seus despertares.

Anonimato urbano

noite eterna
ao fundo Paul Simon
tudo, até o futuro parece memória
prédios, vitrines
só inconsciência
no espelho nada
eu
fumaça de cigarro no ar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

brinquedo

brinquedo inocente risca,
separa uma rua
com sol a pino
agora agora escolho
qq solidão
q importa o infinito?
sorrio de prazer
sem direção!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

solidão

solidão, q triunfo existe em ser vencedor, dominar, não postar nada, nem armas, nem coração, não saber o q é se perder, olhar pru infinito e sonhar?

pra poder voar

A reação do mundo através das pessoas formam o barranco do rio q percorro. Que fazer?
Se agarrar as margens?
Se soltar?
Estranho, seria simples como pular numa piscina, não fosse tudo q se abandona pra ser leve, pra poder voar.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

castigo ou absolvição

Nem pecado, nem graça, pra quem vive inebriado, existe castigo ou absolvição?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Me senti vivo duas vezes na minha vida, na adolescência e hj q retorno à comoção após longos dias adultos e estúpidos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

visão

grama fresca
céu azul
passa um gato
pedregulho
realejo
gira mundo
de novo inocente
incontida visão !

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

GATO QUE BRINCAS NA RUA

de Fernado Pessoa

Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

[1-1931]

Yuzo e Nana


..... e pensar q o Aurélio continha todas as palavras e significados.... rsr

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Liberdade tem quem perdeu o medo do ridículo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

mais que bastam!

não preciso ser feliz!
esse poder de rir,
de rir-se de si, mais que bastam!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Deus é amor

Deus á amor
quando dizem:
quem nega a Deus, não será salvo;
está coberto de razão.

Se comete um erro contra si
ou contra quem quer q seja
vai contra Deus
comete um pecado
não age com amor.

Fuja, aga contra Deus,
sem amor.
quer saber?

Ame e será salvo!
Simples como respirar!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Sem ser, jamais serei.