“Ser poeta é sentir-se incompleto,
limitado e prisioneiro neste eu
e nesta realidade tangível,
frente a um universo desconhecido
que nos excede.”
Olga Orozco
1920-1999
Poeta argentina
quinta-feira, 27 de março de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
chega!
Chega de saber, quero só fazer rodinhas na areia a procura nem sei do que, talvez de não querer...
quinta-feira, 13 de março de 2008
que?
onde?
que tesouro procuro?
não sei, só procuro.
qdo caminho no sentido do sonho,
é como o horizonte, ele tb se move.
que importa?
qdo caminho, este já é outro eu!
que tesouro procuro?
não sei, só procuro.
qdo caminho no sentido do sonho,
é como o horizonte, ele tb se move.
que importa?
qdo caminho, este já é outro eu!
poder
Qdo sorri,
vejo um milhão de histórias leves, leves
e fecha os olho,
outro milhão de histórias,
agora emboladas as minhas voam
voam como pombas ao espanto
feliz esquecimento de tudo.
vejo um milhão de histórias leves, leves
e fecha os olho,
outro milhão de histórias,
agora emboladas as minhas voam
voam como pombas ao espanto
feliz esquecimento de tudo.
terça-feira, 11 de março de 2008
de João Cabral de Melo Neto
A MULHER E A CASA
Tua sedução é menos
de mulher do que de casa;
pois vem de como é por dentro
ou por detrás da fachada.
Mesmo quando ela possui
tua plácida elegância,
esse teu reboco claro,
riso franco de varandas,
uma casa não é nunca
só para ser contemplada;
melhor: somente por dentro
é possível contemplá-la.
Seduz pelo que é dentro,
ou será, quando se abra;
pelo que pode ser dentro
de suas paredes fechadas;
pelo que dentro fizeram
com seus vazios, com o nada;
pelos espaços de dentro,
não pelo que dentro guarda;
pelos espaços de dentro:
seus recintos, suas áreas,
organizando-se dentro
em corredores e salas,
os quais sugerindo ao homem
estâncias aconchegadas,
paredes bem revestidas
ou recessos bons de cavas,
exercem sobre esse homem
efeito igual ao que causas:
a vontade de corrê-la
por dentro, de visitá-la.
Tua sedução é menos
de mulher do que de casa;
pois vem de como é por dentro
ou por detrás da fachada.
Mesmo quando ela possui
tua plácida elegância,
esse teu reboco claro,
riso franco de varandas,
uma casa não é nunca
só para ser contemplada;
melhor: somente por dentro
é possível contemplá-la.
Seduz pelo que é dentro,
ou será, quando se abra;
pelo que pode ser dentro
de suas paredes fechadas;
pelo que dentro fizeram
com seus vazios, com o nada;
pelos espaços de dentro,
não pelo que dentro guarda;
pelos espaços de dentro:
seus recintos, suas áreas,
organizando-se dentro
em corredores e salas,
os quais sugerindo ao homem
estâncias aconchegadas,
paredes bem revestidas
ou recessos bons de cavas,
exercem sobre esse homem
efeito igual ao que causas:
a vontade de corrê-la
por dentro, de visitá-la.
domingo, 9 de março de 2008
?
ausente, sempre ausente pra ver, estar presente, contudo essa gravidade minha quer a todo custo, voltar, se colocar enter nós, o q vejo e o filme q é, saciar sua fome, essa vontade animal de gozar.
sábado, 8 de março de 2008
vôo
amassei amassei a folha...
depois abri, estiquei
os pensamentos
mentiras
verdades
tudo voou
uma fuga
que desordem
que felicidade!
depois abri, estiquei
os pensamentos
mentiras
verdades
tudo voou
uma fuga
que desordem
que felicidade!
Assinar:
Postagens (Atom)